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22 Mar

SHU HA RI, o conceito das artes marciais na agilidade

  • By Leandro Serain
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Verdade seja dita, o que nós chamamos hoje de “agilidade” ou “agile” é, em muitos níveis, a reutilização e aplicação de conceitos antigos, já conhecidos ou não, dentro das empresas atuais. Não há problema nenhum nisso, pois esses conceitos separadamente trazem menos valor do que se aplicados de forma conjunta e com princípios norteando, que é muito do que vemos dentro de frameworks e métodos ágeis.

É claro que, mais recentemente, novos conceitos são criados, mas conseguimos ainda ver muita influência do Toyota Production System – TPS, da sua filosofia Lean Manufacturing, vemos influências até mesmo da gestão tradicional, que mesmo a agilidade apresentando um contraponto a ela, não significa que tudo que existe lá não deve ser utilizado.

Um conceito que é muito citado em diversos cursos de agilidade é o Shu Ha Ri, uma filosofia oriental de aprendizado muito antiga e que empresas hoje em dia usam até como modelo de trabalho de coaches e consultores!

O conceito original

Nas artes marciais o conceito Shu Ha Ri é usado como filosofia de aprendizado de habilidades ou de uma arte, seja ela marcial ou não. Podemos imaginar o Shu Ha Ri como uma “escada” onde o discípulo deve caminhar, passo a passo, para chegar no “Ri” onde esse discípulo se tornará um mestre.

Fonte: https://www.ieepeducacao.com.br/shu-ra-ri-agil/

No primeiro degrau, ou primeira etapa de aprendizagem –SHU– o discípulo não conhece a técnica e a filosofia, então seu mestre ensina todos os princípios necessários e o discípulo deve exercitar o que aprendeu, exatamente como aprendeu.

Assim que o discípulo absorve as regras, os conceitos básicos e a filosofia, já replica os movimentos com certa perfeição, assim como ensinado e supervisionado pelo seu mestre, ele está pronto para a próxima etapa –HA-.

Neste momento da aprendizagem o discípulo, que tem sua base bem fundamentada, tem a liberdade de testar coisas novas, aquele movimento que até então era replicado, ganha um toque de individualidade do discípulo, ele tem liberdade para criar, quebrar pequenas regras e adaptar o movimento sem que ele perca sua essência, filosofia e técnica básica.

Durante esse período, o seu mestre deixa de ensiná-lo com tanta frequência e passa a supervisioná-lo, para garantir que a arte não se perca dentro dessa liberdade que o –HA– proporciona.

Por fim, o aluno se desenvolve e chega ao nível –RI-, a maestria da técnica! Depois de aprender as bases fundamentais e experimentar variações, nesse momento a arte já faz parte do discípulo, ele não precisa mais pensar nos conceitos para expressá-los nos movimentos. Nesse momento, mesmo que ele faça algo inusitado, a base e filosofia da arte está intrínseca a ele e esse novo movimento, por mais que único, ainda reflete toda a arte e sua jornada. Nessa etapa do –RI-, esse discípulo se torna um mestre.

E o que essa filosofia de artes marciais têm relação com a agilidade?

Shu-Ha-Ri e a Agilidade

Não só com a agilidade, mas também o aprendizado de soft skills, como comunicação, inteligência emocional e outros, seguem o mesmo princípio Shu Ha Ri, tão bem explorado pelas artes marciais.

Começar seguindo as regras para se familiarizar com a teoria –SHU-, depois experimentar variações e colocar sua individualidade no que está fazendo –HA– e por fim, essa habilidade se torna tão natural que você não precisa mais se preocupar tanto se está ou não seguindo aqueles princípios originais –RI-.

Em uma transformação ágil, os profissionais são, sem exceção, apresentados à um novo paradigma até então desconhecido ou pouco conhecido.

Cada profissional deve desenvolver, dadas as particularidades dos seus cargos e níveis dentro de uma empresa, novas habilidades mais aderentes à uma cultura ágil.

Além do que, novas técnicas passarão a ser utilizadas no seu dia a dia, técnica que os profissionais não conhecem e não tem proficiência. É aí que entra o papel de um Agile Coach, cujo principal fator de mensuração de seu progresso é não ser mais necessário naquele time ou empresa. O que quero dizer com isso?!

Sabemos quando um Agile Coach está tendo sucesso em seu trabalho, quando suas ações levam o time, o profissional ou a empresa, para um caminho em que ele não será mais necessário no futuro, um caminho em que eles tenham experimentado a agilidade, conhecido a fundo seus valores e princípios, saibam como adequar as práticas ágeis ao seu contexto e por fim, gerando uma cultura de melhoria contínua, em que essa melhoria não os leve para um caminho que não seja o da agilidade.

Muito parecido com a filosofia do Shu Ha Ri, não é?

Shu Ha Ri, um framework de transformação?

Existe tanta sinergia entre a filosofia do Shu Ha Ri e o trabalho do Agile Coach que alguns lugares adotaram como um framework de trabalho ou pelo menos, uma diretriz de atuação dentro das equipes.

São três etapas, a primeira em que o Agile Coach vai até o time, passa um treinamento e ele mesmo se coloca a frente do time, facilitando as cerimônias, educando os membros da equipe para que eles entendam a nova abordagem. Essa etapa é chamada de Shu!

Depois o Agile Coach passa as atribuições dos papeis para os membros que as detém, deixa de tomar a frente do time e passa a ser um agente observador, deixando o time livre para trabalhar como foram ensinados, adaptar as práticas e orientar caso necessário. Nesse momento ainda é necessário a supervisão do Agile Coach, porque essas adaptações podem e eu diria até que tendem a levar o time para seu estado inicial. Aqui chamamos de Ha!

Por fim, quando ao Agile Coach percebe que ele está somente observando e a algum tempo não precisa intervir em absolutamente nada, só é procurado como um consultor por exemplo é o momento em que aquele time pode caminhar com suas próprias pernas, sem a presença do Agile Coach, a não ser que seja solicitado. Nesse momento o time chegou no estágio Ri!

É uma abordagem muito interessante, ajuda a tangibilizar o trabalho do Agile Coach, pelo menos em alto nível, mas existe uma coisa que me incomoda nessa abordagem, o tempo!

Empresas costumam ter prazo para tudo, inclusive para um ciclo de transformação ágil, sendo que o tempo de passagem de um nível para o outro do Shu Ha Ri acaba se tornando uma data fixa ou algo próximo disso, quando na verdade deveríamos usar a filosofia para identificar o momento da equipe e não para colocar datas de entrega de um trabalho complexo como uma transformação ágil.

Apesar dessa minha ressalva, essa abordagem e o conceito do Shu Ha Ri fazem parte do dia a dia do Agile Coach, tenha ele consciência desse conceito ou não.

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Leandro Serain

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